sexta-feira, 1 de maio de 2020

Streets of Rage 4


Retorno em grande estilo de uma das mais famosas franquias do Mega Drive, repaginado com um visual mais cartunesco abandonando o pixelart. Streets of Rage 4 tem um ar de novidade com algumas atualizações de jogabilidade que ao mesmo tempo conserva todo o estilo e jogabilidade de seus predecessores.

Beat’em Up é um gênero muito pouco explorado atualmente, são poucos jogos que se arriscam nesse estilo e alcançam algum destaque como por exemplo Castle Crashers de 2008 e Scott Pilgrim vs The Wolrd de 2010  ou ainda Full Metal Furies de 2018, que apesar de ótimos jogos do gênero,mesclam uma série de novos elementos para trazer mais conteúdo e encorpar o gênero como  arvore de habilidades, evolução de armas e etc.


Streets of Rage 4 não utiliza desse recursos para encorpar o combate ou mesmo diversificar o gameplay, o jogo segue bem a risca o estilo dos jogos originais implementando melhorias mais simples refinando de forma sutil os conceitos de combate dos jogos originais como multiplicadores de combos e recuperação de energia após a realização de uma magia e um especial que substitui o carro de policia do jogo original.

Os estúdios Dotemu e Lizardcub responsáveis pelo remake de Wonderboy Dragons Trap em conjunto com Guard Crush assinam Streets of Rage 4. A direção artística do jogo é um dos principais destaques com a mesma qualidade de detalhes aplicados no trabalho anterior deu ao jogo uma ótima repaginada no visual dos personagens sem perder a essência dos originais, os cenários a atualização do visual dos personagens 10 anos mais velhos ficou muito legal.

E a trilha sonora, bom ai fica difícil para Oliver Deriviere superar o trabalho de Yuzo Koshiro principalmente quando comparamos com Streets of Rage 2, mas não que seu trabalho seja ruim muito pelo contrário boa parte das musicas é legal mas parecem não casar com a ação em tela ou ritmo do jogo, porém foi uma escolha acertada convidar Yuzo Koshiro responsável pela trilha dos originais a assinar algumas músicas do jogo além dele Yoko Shinomura, Harumi Fujita e Motohiro Kawashima participam com algumas faixas que tem sim aquele gostinho de Streets of Rage 2.  Mas se mesmo assim nada da trilha agradar ainda é possível selecionar as musicas clássicas nas opções e ouvir durante as fases só trilhas dos jogos antigos, espero que tenham ignorado todas do terceiro jogo.



A jogabilidade apesar de estar bem calcada nos originais trás também algumas novidades, agora ao executar os golpes especiais ou magias que consomem parte da barra de vida é possível recuperar a energia perdida se o jogador conseguir completar um combo sem levar dado dos inimigos, isso adiciona uma boa parcela de estratégia ao jogo pois para atingir pontuações mais altas e logo melhor classificação nas fases é importante fazer grandes sequencias de combos, logo usar em excesso ataques especiais e levar danos seguidamente vão drenar a barra de vida muito rápido, além das magias temos também os especiais que consomem uma estrela, normalmente um golpe de área que acerta vários inimigos, muito bom recurso para fugir de um ataque especial de um chefe ou de situações de muita pressão.

E com toda essas opções de combate com quem podemos descer a porrada? Ao todo são 17 personagens jogáveis que podem ser desbloqueados acumulando pontuação durante o jogo, basicamente são versões dos personagens dos jogos anteriores, Blaze, Axel e Adan, Skate, Max, Shiva e Dr. Zan, são os personagens desbloqueados em suas diferentes versões de SOR1 ao SOR3.

A novidade fica pelo retorno de Adan que era jogável apenas no primeiro jogo e a adição de Cherry Hunter (filha de Adan) e Floyd Iraia um cara fortão com braços biônicos, Cherry é o personagem mais rápido de jogo assim como era Skate nos jogos anteriores e Floyd faz as vezes do fortão pesadão no lugar de Max, Blaze, Axel e Adan pouco se diferenciam entre si, sendo mais equilibrados com um possuindo uma maior amplitude dos golpes especiais e outro mais força ou velocidade.

A História do jogo segue o clichê dos Beat’em Up’s, 10 amos a após o vilão dos jogos originais ser derrotado Mr. X, o sindicato do crime ressurge agora sobre o comando de Mr. e Mrs. Y filhos de Mr. X que pretendem tomar o controle da cidade através utilizando uma tecnologia de controle mental utilizando música. Esses vilões são o ponto mais fraco do jogo com um visual meio anime Mr. Y e focado em ataques com armas de fogo e Mrs. Y em ataques corpo a corpo, rolando até um mecha na batalha final.

No decorrer do jogo reencontramos alguns chefes clássicos e algumas boa surpresas, existem fazes secretas que podem ser acessadas quebrando máquinas de arcade com taser, levando para uma luta com um chefe clássico dos jogos originais, nos gráficos pixelart da época. Outro acerto do jogo foi ignorar totalmente o inimigo Jet, ele era infernal possuía um jetpack voava pela tela e era terrível de acertar, existe um chefe que até é um pouco similar, mas não chega nem perto do terror (chato pra caramba) que era enfrentar Jet.

Além do modo história que pode se jogado online com mais um amigo é possível jogar multiplayer local com até 4 jogadores o que me parece meio caótico. Temos ainda o modo arcade 3 vidas sem continues, o modo combate 1 vs 1 com amigos e um modo boss rush. É possível acessar alguns extras como artworks e concepts.

Analise Final:
Streest of Rage 4 é um beat’em up clássico tudo que tornaram os originais grandes jogos está lá e me refiro mais precisamente ao segundo jogo da série, a direção de arte e a atualização sutil incorporada a jogabilidade facilmente colocam SOR4 como um dos melhores beat’em ups já feitos.

*Uma cópia do jogo para PC (Steam) foi gentilmente fornecida para elaboração desta análise.

Tempo médio para completar o modo história: 2:30hs

História: 7 Diversão: 10 Gráficos: 10 Jogabilidade: 9 Música: 8
Nota Final: 8,8 (Pancadaria da boa!)


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