Retorno em grande estilo de uma das
mais famosas franquias do Mega Drive, repaginado com um visual mais cartunesco
abandonando o pixelart. Streets of Rage 4 tem um ar de novidade com algumas
atualizações de jogabilidade que ao mesmo tempo conserva todo o estilo e jogabilidade
de seus predecessores.
Beat’em Up é um gênero muito pouco explorado atualmente, são poucos jogos que se arriscam nesse estilo e alcançam algum destaque como por exemplo Castle Crashers de 2008 e Scott Pilgrim vs The Wolrd de 2010 ou ainda Full Metal Furies de 2018, que apesar de ótimos jogos do gênero,mesclam uma série de novos elementos para trazer mais conteúdo e encorpar o gênero como arvore de habilidades, evolução de armas e etc.
Beat’em Up é um gênero muito pouco explorado atualmente, são poucos jogos que se arriscam nesse estilo e alcançam algum destaque como por exemplo Castle Crashers de 2008 e Scott Pilgrim vs The Wolrd de 2010 ou ainda Full Metal Furies de 2018, que apesar de ótimos jogos do gênero,mesclam uma série de novos elementos para trazer mais conteúdo e encorpar o gênero como arvore de habilidades, evolução de armas e etc.
Streets of Rage 4 não utiliza desse
recursos para encorpar o combate ou mesmo diversificar o gameplay, o jogo segue
bem a risca o estilo dos jogos originais implementando melhorias mais simples
refinando de forma sutil os conceitos de combate dos jogos originais como multiplicadores
de combos e recuperação de energia após a realização de uma magia e um
especial que substitui o carro de policia do jogo original.
Os estúdios Dotemu e Lizardcub responsáveis
pelo remake de Wonderboy Dragons Trap em conjunto com Guard Crush assinam
Streets of Rage 4. A direção artística do jogo é um dos principais destaques com
a mesma qualidade de detalhes aplicados no trabalho anterior deu ao jogo uma ótima
repaginada no visual dos personagens sem perder a essência dos originais, os cenários
a atualização do visual dos personagens 10 anos mais velhos ficou muito legal.
E a trilha sonora, bom ai fica difícil
para Oliver Deriviere superar o trabalho de Yuzo Koshiro principalmente quando
comparamos com Streets of Rage 2, mas não que seu trabalho seja ruim muito pelo
contrário boa parte das musicas é legal mas parecem não casar com a ação em
tela ou ritmo do jogo, porém foi uma escolha acertada convidar Yuzo Koshiro responsável
pela trilha dos originais a assinar algumas músicas do jogo além dele Yoko Shinomura,
Harumi Fujita e Motohiro Kawashima participam com algumas faixas que tem sim
aquele gostinho de Streets of Rage 2. Mas
se mesmo assim nada da trilha agradar ainda é possível selecionar as musicas clássicas
nas opções e ouvir durante as fases só trilhas dos jogos antigos, espero que tenham
ignorado todas do terceiro jogo.
A jogabilidade apesar de estar bem
calcada nos originais trás também algumas novidades, agora ao executar os golpes
especiais ou magias que consomem parte da barra de vida é possível recuperar a energia
perdida se o jogador conseguir completar um combo sem levar dado dos inimigos, isso adiciona uma boa parcela de estratégia ao jogo pois para atingir pontuações
mais altas e logo melhor classificação nas fases é importante fazer grandes
sequencias de combos, logo usar em excesso ataques especiais e levar danos seguidamente
vão drenar a barra de vida muito rápido, além das magias temos também os especiais que consomem uma estrela, normalmente um golpe de área que
acerta vários inimigos, muito bom recurso para fugir de um ataque especial de um
chefe ou de situações de muita pressão.
E com toda essas opções de combate com quem podemos descer a porrada? Ao todo são 17 personagens jogáveis
que podem ser desbloqueados acumulando pontuação durante o jogo, basicamente
são versões dos personagens dos jogos anteriores, Blaze, Axel e Adan, Skate, Max,
Shiva e Dr. Zan, são os personagens desbloqueados em suas diferentes versões de
SOR1 ao SOR3.
A novidade fica pelo retorno de
Adan que era jogável apenas no primeiro jogo e a adição de Cherry Hunter (filha
de Adan) e Floyd Iraia um cara fortão com braços biônicos, Cherry é o
personagem mais rápido de jogo assim como era Skate nos jogos anteriores e
Floyd faz as vezes do fortão pesadão no lugar de Max, Blaze, Axel e Adan pouco se
diferenciam entre si, sendo mais equilibrados com um possuindo uma maior amplitude
dos golpes especiais e outro mais força ou velocidade.
A História do jogo segue o clichê dos
Beat’em Up’s, 10 amos a após o vilão dos jogos originais ser derrotado Mr. X, o
sindicato do crime ressurge agora sobre o comando de Mr. e Mrs. Y filhos de Mr.
X que pretendem tomar o controle da cidade através utilizando uma tecnologia de controle mental utilizando música. Esses
vilões são o ponto mais fraco do jogo com um visual meio anime Mr. Y e focado
em ataques com armas de fogo e Mrs. Y em ataques corpo a corpo, rolando até um
mecha na batalha final.
No decorrer do jogo reencontramos
alguns chefes clássicos e algumas boa surpresas, existem fazes secretas que
podem ser acessadas quebrando máquinas de arcade com taser, levando para uma
luta com um chefe clássico dos jogos originais, nos gráficos pixelart da época. Outro acerto do jogo foi ignorar totalmente
o inimigo Jet, ele era infernal possuía um jetpack voava pela tela e era terrível de acertar,
existe um chefe que até é um pouco similar, mas não chega nem perto do terror
(chato pra caramba) que era enfrentar Jet.
Além do modo história que pode se
jogado online com mais um amigo é possível jogar multiplayer local com até 4
jogadores o que me parece meio caótico. Temos ainda o modo arcade 3 vidas sem
continues, o modo combate 1 vs 1 com amigos e um modo boss rush. É possível acessar
alguns extras como artworks e concepts.
Analise Final:
Streest
of Rage 4 é um beat’em up clássico tudo que tornaram os originais grandes jogos está
lá e me refiro mais precisamente ao segundo jogo da série, a direção de arte
e a atualização sutil incorporada a jogabilidade facilmente colocam SOR4 como um
dos melhores beat’em ups já feitos.
*Uma cópia do jogo para PC (Steam) foi gentilmente fornecida para
elaboração desta análise.
Tempo médio para completar o modo história: 2:30hs
História: 7 Diversão: 10 Gráficos: 10 Jogabilidade: 9 Música:
8