segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Puppeteer


Sabe quando eu sei que um jogo é divertido, empolgante, épico, justo, bonito enfim tipo assim foda? Então eu sei que um jogo é tudo isso quando tenho um pilha de jogos em que na minha cabeça eu defino uma sequencia no minimo logica para joga-los, ai chega do nada assim esperada e inesperadamente tudo ao mesmo tempo um jogo como Puppeteer e claro o jogo loucamente por 12 horas seguidas termino e fico com aquela sensação de "poxa podia ter durado mais".

O jogo logo de cara é um absurdo de lindo, nos videos que foram saindo ao longo do seu anuncio e lançamento eu fiquei meio que desconfiado da qualidade e logo veio na minha cabeça olha la a sony lançando um mod de Little Big Planet o qual eu não gosto muito da jogabilidade. 

Depois do impacto inicial de parecer um pouco com Little Big Planet, Puppeteer na verdade revela não tem nada de LBP, apesar do visual que remete a objetos de madeira e papel, a relação acaba ai, o jogo é um teatro de fantoches bem divertido, onde somos convidados a acompanhar a historia de Kutaro, contra o malvado Rei Urso da Lua e suas generais que aprisionaram a Rainha da Lua e ferraram com o reino todo.

Kutaro teve sua alma atraída para lua pelo Rei urso onde la foi aprisionado em um fantoche de madeira, e teve sua cabeça arrancada e com ajuda do o Gato Ing Iang da Bruxa Esma Pots do Capitão Fiasco e da Princesa Pikarina (está é filha do sol) ele deve obter a tesoura Kalibrus e os fraguimentos da pedra da lua para libertar a deusa da Lua e derrotar o Malvado Rei Urso. 

A historia tem um plot bem simples mas que utiliza de vários aspectos do folclore oriental e dos contos de fada ocidentais, não é difícil identificar as referencias dês de Alice no Pais das Maravilhas, João e Maria e até piratas do caribe. 

Outro ponto legal são os chefões inspirados no signos do horoscopo chines, estão todos lá, tigre, rato, porco, ovelha, macaco, cachorro, dragão e etc. 

Alias as batalhas com os chefes são épicas, o jogo se divide em 7 atos com 3 fases em cada um as fases são narradas e a historia flui como num teatro sempre com o abrir e fechar das cortinas de um palco, ouvi algumas pessoas criticando que o jogo é muito narrado e que atrapalhava na imersão, eu na verdade gostei muito da narração e me fez entrar mais no universo do jogo, acho que reforça bem o modelo de narrativa do jogo muitas vezes os personagens se referem diretamente ao você jogador ou discutem o desenrolar da historia com o próprio narrador que por varias vezes rendem momentos muito engraçados, principalmente os comentários de Pikarina.

A jogabilidade e bem fluida, e o conceito de utilizar uma tesoura como arma e simplesmente cortar os inimigos é algo que nunca vi em outro jogo, atravessar cenários inteiros cortando uma linha na tela ou simplesmente picotar um chefão e muito divertido. 

Outro ponto importante da jogabilidade são as cabeças a principio pensei que estas dariam poderes especiais mas não é bem assim, elas servem basicamente como enfeites e chaves para fazes bônus e itens durante o jogo, também funcionam como life onde e possível carregar 3 diferentes cabeças e se tomamos um hit a cabeça cai sendo possível recupera-la, do contrario uma cabeça a menos, perdeu as 3 ai perde-se uma vida e volta para o ultimo check point. 

São mais de 50 cabeças e mais ou menos a metade e adquirida na evolução normal do jogos outras é necessário explorar as fases com bastante atenção, isso é feito com o análgico direito onde controlamos Pikarina, na tela podendo interagir com objetos e desvendar segredos e cabeças escondidas, apesar das cabeças achadas no game não funcionarem como power up's é necessário ter cabeças especificas no inventario limitado a 3 cabeças. 

Para acessar as fases bônus que são 3 por fase, para encontra-las fique atento as sombras de cabeças que piscam em lugares específicos da tela, equipe a cabeça correta e ative suas ação assim uma animação é iniciada dando acesso a fase bônus da cabeça, sempre que um segredo de uma cabeça for desvendado a mesma ganha uma estrela no inventario, assim fica fácil de saber qual cabeça já rendeu uma fase bom us. 

As fases bônus me lembram muito as de Donkey Kong Country, onde é necessário pegar todas as centelhas da lua dentro do limite de tempo, num cenário especifico com plataformas ou quebra cabeças de acordo com o tema da fase em questão.

Alem das inúmeras cabeças colecionáveis existem sim cabeças que destravam novos poderes, são as cabeças dos 4 campeões, cavaleiro (escudo), ninja (bomba), pirata (gancho) e lutchador (cabeçada), cada uma com seu poder especifico muito uteis na evolução do jogo e nos combates com os inimigos e chefões. 

Alem das cabeças encontradas ao longo do jogo, apos terminar cada ato e liberado um livro que conta a historia de um personagem importante, devidamente narrado e ilustrado cada livro ajuda a construir os personagens, recomendo acessar apos cada ato. 

Alem dos gráficos mais bonitos que vi nessa geração o som do jogo também é um show a parte, a verão especial do jogo traz também a trilha sonora para baixar, um tema e vários avatares do da PSN, as musicas são empolgantes e casam bem com o tema das fases, a dublagem se superou piadas bem colocadas vozes casando bem com os personagem humor na medida certa, foi muito legal jogar com o áudio em português.

Apesar de gráfico, som e jogabilidade serem muito bons o jogo peca por não oferecer um nível de dificuldade maior, o jogo é claramente direcionado tanto ao publico infantil quanto ao adulto e não é como Kirby Epic Yard onde não existe punição ao jogador em caso de morte, os check points são instantâneos ou bem próximos e as vidas são abundantes você consegue umas 30 logo no primeiro ato e vai fechar o jogo com umas 20, os chefões tem sequencias bem intuitivas e os quick time events são lentos se comparados a God of War por exemplo, então dificilmente você sairá frustado de um combate porem algumas plataformas podem encher o saco pois o timing da tesoura as vezes engana o você acaba morrendo de besteira, também é possível jogar com o move mas para isso requer 2 jogadores um explorando com Pikarina com o controle do move e outro controlando Kutaro.

Bom pra finalizar já deu pra notar que gostei muito do jogo, o fator replay e garantido pela exploração atras de todas as cabeças e fases bônus, a dificuldade e baixa acredito que para valorizar a narrativa do jogo e ser acessível também para as crianças mas poderia ter uma seleção de dificuldade apenas para tornar o jogo mais desafiador.

Para mim Puppeteer entra fácil na lista de melhores do ano com uma ótima historia, ótima experiencia enfim um ótimo jogo, então bora jogar e até a próxima!